sábado, 15 de dezembro de 2007

Será que é esta a essência de um cabrão...


Há algumas semanas atrás numa das minhas idas a Lisboa encontrei ocasionalmente uma amiga de faculdade que me fez viajar no tempo.
Decidimos jantar e por a conversa em dia, depois de uma refeição agradável entre conversas e sorrisos ela simplesmente diz-me:
“Gostei muito de te rever e ver que está tudo bem contigo, mas tu estás tão diferente tu não és a mesma pessoa que eu conheci à 7 anos atrás.”
Eu muito perspicazmente perguntei:” Não sou a mesma pessoa? Mudei como assim?”
Meio apreensiva respondeu: “Não sei! Continuas interessante, simpático, alegre, mas tu antes eras tão calminho e concentrado. Agora és uma pessoa diferente, vives a vida no limite, para ti parece que não existe amanhã. Só falas de festas, viagens, mulheres… O que te aconteceu?”
“Mas eu sempre te disse que as pessoas mudam com o tempo.” Respondi prontamente.
“Pois é verdade, mas meu querido, com o tempo as pessoas mudam, mas nem sempre para melhor!”

Acreditem que foi uma das poucas vezes que alguém me deixou sem resposta.
Após este breve diálogo despedimo-nos e cada um seguiu o seu caminho. Durante algum tempo a conversa não me saiu do pensamento até que constatei, que realmente tinha mudado! Agora
não sei se foi para melhor ou para pior, só sei que me sinto bem assim…

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Sem ar... (D'Black)



Meus pés não tocam mais o chão
Meus olhos não vêem a minha direção
Da minha boca saem coisas sem sentido
Você era meu farol e hoje estou perdido

O sofrimento vem à noite sem pudor
Somente o sono ameniza a minha dor
Mas e depois? E quando o dia clarear?
Quero viver do teu sorriso, teu olhar

Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito, é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar

Perdi o jogo, e tive que te ver partir
E a minha alma, sem motivo para existir
Já não suporto esse vazio quero me entregar
Ter você pra nunca mais nos separar

Você é o encaixe perfeito do meu coração
O teu sorriso é a chama da minha paixão
Mas é fria a madrugada sem você aqui,
Só com você no pensamento

Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me tráz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito, é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz

Meu ar... meu chão é você
Mesmo quando fecho os olhos
Posso te ver

Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Eu confesso-me...


Eu confesso-me traidor:

- Nas palavras ditas em vao a pessoas que acreditaram nelas como verdades absolutas...

- Na entrega fisica a corpos, quando o coracao se encontrava preenchido e, ao mesmo tempo, numa ambiguidade de sentimentos doentios...

- Nas vezes em que os segredos foram desenterrados do cofre depositário e chegavam a causar guerras historicas.


Eu confesso-me com fraquezas:


- Nos dias em que, n resistindo ‘as diversas tentacoes mundanas, me envolvi em circulos viciosos e itinerantes que me acompanharam para onde quer que fosse...


- Na falta de coragem para as conversas directas e frontais, recorrendo depois ‘as mensagens escritas, ‘as cartas e aos emails como escudos de cobardia de que me muno como utensilios vitais...

- No consumismo que me corre nas veias e me leva a desapegos economicos com graves consequencias imediatas ou tardias…


Eu confesso-me carente:


- Dos afectos das pessoas de quem gosto, a quem me apego e que, por distancias e tempos cruzados, n os podem partilhar comigo...

- Da presença contínua de alguem a meu lado, dum abraço diario, de um beijo diario como prova concreta de que n estou so’, de que alguem esta’ mesmo ali.


Eu confesso-me orgulhoso e teimoso


- Levando a cabo todas as minhas decisoes e comunicando-as posteriormente, quando peco a opiniao a outros, somente para me sentir seguro de que alguem as sabe...

- N aceitando tao bem as decisoes e opinioes que me são impostas e que, de certo modo, contrariam as minhas.


Eu confesso-me critico,
porem argumentador das criticas que apresento e sugerindo solucoes.

Eu confesso-me...
reconhecendo-me imperfeito na luta constante do encontro da perfeicao, talhando-me dia-a-dia e construindo um ser que possa ser um modelo para alguem.

Eu confesso-me Eu Mesmo!...

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Desilusão


Desilusão, palavra q tantas vezes surge no nosso dicionário, mas pior ainda é quando surge nas nossas vidas.

Mas afinal o q é a desilusao, será que n passa de uma simples ilusão que n se realiza? Ou pior ainda é uma simples tentativa de nos fazermos vitimas frustradas numa sociedade cada vez mais triste?
Custa-me chamar desilusão quando alguem apesar de ter tentado, uma, duas vezes ainda tenta uma terceira sabendo que será um erro completo. N é que a pessoa se esteja a desiludir a si propria, está sim a desiludir aqueles que sempre a apoiaram e estiveram lá nos momentos dificeis e q no entanto nos desiludem devido ao seu egoísmo e egocentrismo.
Mas apesar da desilusao acredito, que cada pessoa tem uma borboleta na sua vida…só tem q aguardar q ela se revele.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Cinco dedos e um momento...



Gosto de te devorar com o olhar
Que sintas desejo de que te toque
Gosto que te roces a mim
E que me mostres o quanto me queres
Gosto que murmures, que sussurres o meu nome
Enquanto te beijo todo o corpo
Gosto que me q arranhes
E me peças para te dominar
Gosto de sentir as tuas mãos a correr pelo meu corpo
A minha língua nos teus mamilos
E dos meus dedos no teu sexo
Gosto de ver ficar molhada
E de te vires só para mim...

domingo, 9 de dezembro de 2007

Redentor


Na noite obscura de uma rua anónima, confesso-me perante olhares indiscretos de prostitutas e pedintes obscenos. Q sejam eles os juízes da minha vida, eles q conhecem tão estranhamente a vida moderna de homens comuns e banais. Sem q a minha confissão seja ouvida e meu murmúrio compreendido. Mas n serão estas as mais puras e reais confissões? Onde o olhar de um Homem é capaz de desvendar todas as suas certezas sonhadas e crimes cometidos? Todos os homens são crianças nos braços de uma mulher. Nos braços de qualquer mulher. Adormeço agora, no ventre calado de uma mulher imunda.

Entre as palavras promíscuas e devaneios cortantes de um bêbado, mergulhado no verde de uma bebida incerta e no aroma eterno de um absinto silencioso. Como ele, bebo. Sofregamente. E bebo, cada vez mais. O sabor ardente que me escorre a garganta seca, n é demasiadamente íngreme para q me possa rasgar o corpo, nas mil estradas que percorri até este fim, q sou eu mesmo. Encaro-me como homem de loucas epopeias e melódicas viagens.

Vejo-me e revejo-me, no fim de tudo o que conheci e desejei. E nesta visão última de mim, rasgo-me, penetrando a minha mais antiga essência. E como uma criança abandonada choro perdido, na deambulação das ruas anónimas de uma cidade q nunca será minha. Perco-me nos labirintos de uma Mulher q nunca toquei.

E vejo, na transfiguração de todas as realidades, o rosto de mil homens e mulheres mergulhados nas lágrimas q são minhas... q são sempre as minhas. E num sacerdócio eterno, confesso-me o pior de todos os assassinos. Eu q desmembrei a minha alma e a tomei em gotas de sangue maldito. Violei-me na minha mais terrível verdade. E a dor q disso resulta, apenas é calada e estrangulada pelo sacerdote, q num passo de louco mágico me concede o esquecimento.

Sou eu, o Inquisidor das minhas mágoas, dos meus erros e faltas, e meu mais amado redentor.