quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Eu confesso-me...


Eu confesso-me traidor:

- Nas palavras ditas em vao a pessoas que acreditaram nelas como verdades absolutas...

- Na entrega fisica a corpos, quando o coracao se encontrava preenchido e, ao mesmo tempo, numa ambiguidade de sentimentos doentios...

- Nas vezes em que os segredos foram desenterrados do cofre depositário e chegavam a causar guerras historicas.


Eu confesso-me com fraquezas:


- Nos dias em que, n resistindo ‘as diversas tentacoes mundanas, me envolvi em circulos viciosos e itinerantes que me acompanharam para onde quer que fosse...


- Na falta de coragem para as conversas directas e frontais, recorrendo depois ‘as mensagens escritas, ‘as cartas e aos emails como escudos de cobardia de que me muno como utensilios vitais...

- No consumismo que me corre nas veias e me leva a desapegos economicos com graves consequencias imediatas ou tardias…


Eu confesso-me carente:


- Dos afectos das pessoas de quem gosto, a quem me apego e que, por distancias e tempos cruzados, n os podem partilhar comigo...

- Da presença contínua de alguem a meu lado, dum abraço diario, de um beijo diario como prova concreta de que n estou so’, de que alguem esta’ mesmo ali.


Eu confesso-me orgulhoso e teimoso


- Levando a cabo todas as minhas decisoes e comunicando-as posteriormente, quando peco a opiniao a outros, somente para me sentir seguro de que alguem as sabe...

- N aceitando tao bem as decisoes e opinioes que me são impostas e que, de certo modo, contrariam as minhas.


Eu confesso-me critico,
porem argumentador das criticas que apresento e sugerindo solucoes.

Eu confesso-me...
reconhecendo-me imperfeito na luta constante do encontro da perfeicao, talhando-me dia-a-dia e construindo um ser que possa ser um modelo para alguem.

Eu confesso-me Eu Mesmo!...

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